sábado, 11 de setembro de 2010

NOSSO JORNAL JÁ ESTÁ NO AR E NAS RUAS

EDITORIAL


Amigos,

É com imensa satisfação que lançamos o nosso primeiro informativo na semana da pátria, um mês antes das eleições.


Nos desafiamos a fazer um modesto informativo que trouxesse aos gravataenses uma boa leitura, um texto leve, criativo, dinâmico e rico em informações.

Nosso maior foco é tratarmos de questões que envolvam a Educação e a Política de Gravatá de forma que atraia os leitores para uma análise e um estudo simplificado de tudo que acontecesse nestas duas forças que regem nossas vidas, antes mesmo de nascermos.

Embora este informativo se proponha a tratar de dois temas extremamente polêmicos e difíceis de serem discutidos sem que haja divergências, a proposta é única e exclusivamente levar a informação de forma imparcial.

Traremos textos científicos, políticos e educacionais de interesse nacional e local, assinados por diversos autores. Faremos, também, um trabalho de divulgação de ações desenvolvidas por professores da rede pública, buscando a valorização e o reconhecimento desta classe tão desonrada, bem como todas as ações, projetos e articulações dos políticos da nossa querida Gravatá.

Nosso jornal é assinado por três professores: Lucivânio Jatobá da UFPE, Paulo de Tarso e Ricardo Vieira, ambos da rede pública de Gravatá.

       
Esperamos sinceramente que todos possam gostar do nosso trabalho e dizer que nossas edições futuras sempre estarão abertas para sugestões, criticas e, principalmente, colaborações dos nossos leitores. Escrevam para nosso jornal. Mande sua matéria ou tema desejado que iremos publicar.


E se você (caro leitor, cara leitora, seguidor do nosso Blog), quiser escrever para um dos nossos editores, com a finalidade de comentar, elogiar ou criticar, ao final de cada matéria há o e-mail de cada um deles. Escrava e teremos a grata satisfação de responder-lhe.

Vamos à luta!
Os editores.










MENSAGEM

"A paciência faz contra as ofensas o mesmo que as roupas fazem contra o frio; pois, se vestires mais roupas conforme o inverno aumenta tal frio não te poderá afetar. De modo semelhante, a paciência deve crescer em relação às grandes ofensas; tais injúrias não poderão afetar a tua mente".
Leonardo da Vinci.





PRIMEIRA MATÉRIA 
NOVA EPIDEMIA DEVASTA A JUVENTUDE BRASILEIRA
Lucivânio Jatobá*

Uma nova e gravíssima epidemia assola o país. Ela não é transmitida por vírus ou alguma bactéria desconhecida.   Não se adquire essa “doença” no aperto de mão, no beijo ou usando roupas de outras pessoas. A sua transmissão não se dá por seringas ou transfusão de sangue e muito menos pelo espirro.

Os indivíduos, em geral jovens de praticamente todas as cidades brasileiras, quando adquirem a doença, apresentam um quadro que facilmente é identificável, com sintomas inequívocos: as pupilas se dilatam, os batimentos cardíacos se aceleram impressionantemente, gerando arritmias que poderão ser fatais, há uma “suadeira” intensa, a pressão arterial sobe bastante e há tremores pelo corpo. Além desses sintomas somáticos (do corpo), há uma injustificável euforia, uma sensação de poder e uma excitação que causa espanto ao observador. O sistema nervoso central e o sistema cardiovascular começam a ser logo atingidos. O sistema digestivo não fica imune. O doente passa a perder o apetite e um emagrecimento é gritante em poucos meses.  A voz fica pastosa e as frases pronunciadas desconexas. Quem tem a infelicidade de adquirir essa doença vira uma espécie de trapo humano e, caso não se trate (e o tratamento é extremamente difícil), a morte chega bem depressa...  Milhões de jovens foram já contaminados no Brasil.

Mas que epidemia é essa? O que fazer para detê-la?

Seu nome é “crack”, palavra que no inglês significa: fenda, fissura.  Resulta da mistura de cocaína com bicarbonato, amônia e água destilada. O que causa a doença são os grãos, resultantes dessa mistura letal, que são fumados em cachimbos, muitos deles improvisados. Todas as classes sociais já foram contaminadas pela “epidemia do crack”.  É uma doença paradoxalmente “democrática”. O “crack” é vendido, às vezes sob as vistas de todos, nas esquinas, na frente de escolas, em faculdades, nos becos de favelas, na portaria de edifícios luxuosíssimos. Às vezes, basta um telefonema e vetor de transmissão da doença chega rapidinho, trazido numa moto, na forma de grãos contaminados. Basta uma “fumadinha” e a sintomatologia adversa toma conta da pessoa, tornando-a uma escrava, que talvez só a morte a libertará...

A doença chegou, timidamente, ao Brasil, em meados da década de 1980. As autoridades brasileiras não deram muita atenção. Não faziam idéia de que duas décadas depois gerações de jovens tombariam sob o efeito devastador do “crack”. Era necessária uma repressão fortíssima, mas a ordem democrática impedia, como ainda impede, uma medida saneadora radical. Ela teria sido sustada. Para deter a doença é preciso, antes de qualquer coisa, exterminar o vetor transmissor, mas sem esquecer-se do doente, obviamente.

O sistema educacional (público e privado) também não imaginava o quanto letal seria para a Pátria brasileira a epidemia do “crack”. E ficou indiferente... O assunto nem ao menos era abordado pelos professores e diretores de estabelecimentos de ensino. Agora a epidemia destrói lares, fulmina o futuro de jovens e aniquila pessoas que seriam extremamente necessárias à Pátria brasileira.  Há uma massa de rapazes e moças, de meninos e de meninas, totalmente alienada, que vive apenas para consumir mais e mais pedras contaminadas. A essa massa nada mais interessa. Pouco importam religião, estudo, Pátria, emprego, pai, mãe, professor, honestidade, eleição, Estado, Poder... Nada! O que importa-lhe  é comprar a pedra, fumá-la num cachimbo sujo e ir se matando rapidamente, enquanto delira.

A pior constatação, contudo, é que o “crack” virou uma “extraordinária” mercadoria, com a qual muitos lucram direta ou indiretamente, menos os pais desesperados que observam impotentes os filhos descendo o abismo da mais terrível degradação humana, onde lá embaixo, nas entranhas do horror, uma senhora de preto, com uma foice no ombro, os espera impacientemente. Talvez um grito uníssono de uma nação agonizante seja necessário nessa conjuntura hedionda: ACORDA, BRASIL!




SEGUNDA MATÉRIA

EDUCAR HOJE, PENSANDO NO AMANHÃ
Ricardo Vieira*

“Meu filho vai ter nome de santo / Quero o nome mais bonito”.

Os versos da música-ícone “Pais e Filhos”, da banda Legião Urbana, simbolizam a vontade que quase todo pai tem de fazer o melhor para o seu herdeiro.

Antes mesmo de o bebê nascer, pai e mãe embarcam num planejamento detalhado, que vai do nome de batismo à escolha da escola. Não raro, a criança mal saiu do berço e já está disputando vaga num dos melhores colégios de sua cidade, fenômeno percebido principalmente entre as famílias de classe média alta. 

Os filhos hoje são verdadeiros tesouros de seus pais. Dizemos que são superinvestidos”, sinaliza o médico Luiz Carlos Prado, psicoterapeuta familiar de Porto Alegre, RS.

Expectativas demasiadas e excesso de proteção e de mimos, porém, conduzem muitas vezes a um quadro indesejável: a criança pode se tornar um jovem cheio de conhecimentos, entretanto pouco capaz de se relacionar em grupo e, pior, insatisfeito e infeliz

A criança precisa de um momento em que não esteja sendo julgada ou cobrada, em que possa simplesmente fantasiar e fazer o que quer.    

Investir na relação humana baseada na amizade, na confiança, no respeito e no amor, entre pais e filhos, é fator indispensável para que nós pensemos em educar hoje pensando no amanhã mais feliz para os nossos filhos e para nós mesmos, recordando sempre que não podemos abrir mão do saber dizer sim e saber dizer não.
  


ENTREVISTA
O Pólis Educacional ouviu o Prefeito Ozano Brito Valença em curta entrevista. Bem humorado e recuperando-se, ele respondeu com carinho as nossas perguntas:

POLIS - Senhor Prefeito, o que o senhor sente ao ver notícias que mostram jovens totalmente drogados pelo "Crack" nas cidades brasileiras, inclusive em Gravatá?

OZANO BRITO: Sinto uma grande tristeza. É a família ausente, a sociedade omissa, a falta de religiosidade, os poderes públicos sem priorizar ações de combate.

POLIS - O que o senhor faria se tivesse o poder para acabar com essa praga?

OZANO BRITO:  Não tenho poder para acabar, mas tenho responsabilidade com o problema. Temos que mostrar a sociedade que isto é um problema da família, dos poderes constitucionais, da sociedade civil, das escolas, enfim, de todos. Temos que criar espaços esportivos, culturais e educacionais com tempo integral, para ocupar os jovens com atividades saudáveis.

POLIS- Qual o papel da Escola no combate e orientação contra essa epidemia?

OZANO BRITO:  A escola é uma extensão do lar. Não se deve atribuir a escola responsabilidade total sobre esse problema. Os pais precisam acompanhar os filhos, saber o que fazem, aonde vão, com quem estão.

POLIS- Deixe uma mensagem para os jovens e para as famílias gravataenses:

OZANO BRITO: Não existe nenhum sonho realizado através das drogas. As drogas só causam pesadelo, destruição, isolamento e frustração.




TERCEIRA MATÉRIA
Paulo de Tarso*

Discorrer palavras sobre o dia 7 de setembro não é tão simples quanto possa parecer, principalmente quando você leciona História do Brasil e sabe que a tal “independência” foi um acordo estruturado por elites que almejavam apenas a ampliação de seus lucros, e não davam a mínima para um povo heróico o brado retumbante, que compunha a maioria da população em pleno século XIX.

Sei que é extremamente complicado falar sobre “independência” se o que temos desde então é uma sociedade de contrastes, que Gabriel, o Pensador em sua musica intitulada “Até Quando?” Resume muito bem: Escola, esmola, favela, cadeia, sem terra, enterra, sem renda se renda. É, caros leitores, devemos nos perguntar para quem foi imputada a tal independência?

Ao ler o blog do professor Lucivânio Jatobá, me deparei com um posted intitulado O LADRÃO COMUM E OS RIGORES DA LEI, ele escreve sobre uma reportagem do jornal do comércio a respeito da prisão de um flanelinha que roubou comida para dar aos filhos, é óbvio que quem rouba deve ser julgado pelo crime que cometeu. Mais será que Wandevergue Paiva “flanelinha”. Vive de “bicos”, tem “apenas” 06 (seis) filhos e uma esposa para sustentar vai parar no dia 7 de setembro e cantar o Hino Nacional com toda a força gerada pelos seus pulmões? Talvez ele não se sinta representado pelo o penhor dessa igualdade que conseguimos conquistar com braço forte. 
   
Brasil, um sonho intenso, só de quatro em quatro anos quando a gloriosa copa do mundo se aproxima, ai é fácil encontrar milhares de pessoas entoando cânticos e vestidas a caráter para a pátria amada, até que o time de jogadores brasileiros que jogam no exterior perdem para os holandeses e o sonho se torna um pesadelo e a pátria amada se torna uma vergonha e os jogadores voltam para seus milhões  e as milhares de pessoas se calam e guardam suas vestimentas para só usarem depois de 1460 dias. E o raio vivido perde a sua força.
    
Poderia escrever milhares de motivos para contrapor a ideia de marchar no dia 7 de Setembro, porem não gostaria de me tornar um estúpido. Acredito que o mês de setembro deve ser plenamente pensado para uma melhoria dos milhões de vidas de um povo heróico porque “conseguem” viver de um salário mínimo, gigante pela própria natureza, porque conseguem criar soluções através das dificuldades, porque só distante podemos perceber o quanto essa Terra é adorada. E mesmo correndo o risco de está sendo piegas acredito que essa nação pode se tonar um país de futuro.

Espero que um dia, o 7 de Setembro seja marcado por manifestações pacificas de enumeras reivindicações de um povo que não aceita ficar  Deitado eternamente em berço esplêndido, Ao som do mar e à luz do céu profundo, e mediante tais ações Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; e que estas sejam colhidas por todos sem distinção de condições econômicas, cor, credo ou gênero e só assim podemos nos sentir     filhos deste solo  tendo a Pátria amada como uma verdadeira  mãe gentil, e todos possam fazer parte de um sonho intenso, um raio vívido chamado Brasil.

Receita para a independência: 

“Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente. A gente muda o mundo na mudança da mente. E quando a mente muda a gente anda pra frente. E quando a gente manda ninguém manda na gente”.
Gabriel, o Pensador.



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